"Feliz a alma que atinge a beleza desejada por Deus,
que então atrai não só o olhar dos anjos mas
principalmente o de Jesus." (Padre Pio de Pietrelcina)

sábado, 6 de novembro de 2010

É preciso entrar no nosso Castelo Interior...


É sempre necessário cair em si e retornar à casa do Pai
  • A história do filho pródigo ilustra muito bem como é importante entrar em si mesmo. Ele reviu sua vida, preparou as palavras que haveria de dizer e pôs-se a caminho rumo à casa paterna. Sua conversão realizou-se antes de ele se levantar, realizou-se no momento em que entrou em si mesmo. Ele não fez senão o que havia decidido fazer. Quanta fecundidade neste ‘entrar em si mesmo’.
  • O nosso tempo, tempo de correria, tem sido ingrato a este entrar em si mesmo, tem dificultado a que cada um caia em si. Santa Teresa d’Avila escreveu uma obra chamada o Castelo Interior, onde fala dos segredos e da necessidade da vida interior. Mas existe também um ‘castelo exterior’, onde é possível, e hoje constatamos que sim, alguém fechar-se nele. Fechado fora de casa, incapaz de entrar, prisioneiro da exterioridade.
  • Estamos na época dos aglomerados urbanos, multidão em toda parte: no trânsito, nas fábricas e trabalho, no cinema, nas praias, nos shoppings – o homem nunca esteve tão acompanhado e tão sozinho, sempre ao lado de muitos e tão desconfiados dos mesmos.
  • Há uma multidão de filhos pródigos longe da casa de Deus Pai, fechada no seu cansaço, na sua desilusão, na sua angústia, na sua solidão. É grande o número dos que não são amados por ninguém, a não ser por Deus – estes nem sempre se dão conta deste amor!
  • Muitos hoje passam por momentos delicados. Parece que em suas vidas nada floresce, tudo é deserto, ao seu redor tudo parece vazio e ressecado. Realizam o seu trabalho, porém não são criativos. Não sentem possuir algo que fertilize o mundo nem o ambiente que pertencem. Estão sempre cansados, esgotados, sem vida, sem ânimo, sem alegria.
  • E por quê? A resposta é simples: estão fora de si e de casa, fora de sua própria morada, de sua casa interior, longe da face do Pai. Sim, Santo Agostinho tinha razão: Tu estavas dentro de mim e eu fora de ti, e te procurava aqui em baixo, atirando-me infame sobre essas formas de beleza que são tuas criaturas (Confissões, X, 27). Quantos deveriam repetir essa amarga confissão: Tu estavas dentro de mim, mas eu estava fora!
  • A bem-aventurada Elisabete da Trindade ensina-nos a quem ela encontrou quando retornou à sua própria casa, à sua morada interior: Encontrei o paraíso na terra, porque o paraíso é Deus e Deus está no meu coração. Deus em mim e eu nele (Lettera 107).
  • Sim, não deixemos que a exterioridade e a multidão ameacem nosso encontro com Deus nosso Pai. Precisamos deste encontro para encontrarmos a imagem que Ele fez de cada um de nós. Precisamos deste encontro na nossa morada interior para ajudar-nos a recuperar a vida pessoal em Deus – vida pessoal em Deus da qual hoje se tem tanta necessidade.

Conclusão
  • Fiquemos com as palavras de Jesus a Santa Faustina Kowalska: Minha filha, fala a todo mundo da minha Misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da minha misericórdia. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da minha misericórdia (Diário - nº 699).
  • Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!                                            D.Filipe – 12/09/2010

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