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O que é A coroa do Advento é um sinal importante deste tempo que, como todo símbolo, nos fala forte através dos seus elementos: círculo, da luz, ramos e das ações simbólicas que a compõem. Pode ser feita de diversas formas, desde que mantenha os elementos essenciais. Algumas comunidades fazem coroas grandes, por causa do tamanho da assembléia, outras fazem a coroa no chão, outras com a base de metal ou de madeira. Isso tudo pode variar conforme as possibilidades, as necessidades e a criatividade da comunidade. Elementos essenciais 1.A forma circular - Sem começo e sem fim. A circularidade está ligada à perfeição. O redondo cria harmonia, junta, une. Lembra ainda, para nós, que somos integrantes de um mundo circular onde o processo do universo e da vida é cíclico: o ciclo do ano, do tempo, o ir e vir da história, sempre marcado pela presença daquele que é a Luz do mundo. 2. As velas - Nos países do norte da Europa, durante o inverno, as noites são mais longas que os dias e a luz do sol brilha pouquíssimo, quando não fica totalmente escondido pelas nuvens. Por isso, lâmpadas, velas são indispensáveis e muito apreciadas. Mesmo para nós, que somos cumulados com a luz do sol, a luz da vela tem muito significado. 3. No Advento, a cada Domingo acende-se uma vela da coroa. De uma a uma, a luz vai aumentando, até chegar na grande festa da Luz, que proclama Jesus Cristo como Salvador, Sol do nosso Deus que nos visita, que arma sua tenda entre nós (Cf. Jo 1, 1-14). 4. Quanto à cor das velas, normalmente é usada a vermelha que, em quase todas as partes do mundo, tem o significado do amor. No Brasil, somos marcados profundamente pelas culturas indígena e afro, onde o brilho das cores, da festa, da dança, da harmonia com o universo, está presente de uma maneira esplendorosa e reveste as celebrações. Dessa forma, temos o costume de utilizar, na coroa, velas coloridas, uma de cada cor. Não ajuda muito associar a cor das velas com temas (penitência, esperança, alegria...). O que importa é a luz. 5. O verde - É sinal de vida. Nem tudo está morto, há esperança. Mesmo nos países tropicais, quando tudo está seco, sedento, com a chuva a vida brota, tudo fica verde e traz a esperança dos frutos e anuncia a vida. Origem A coroa surgiu na Alemanha, no século XIX, mais exatamente nas regiões evangélicas, situadas ao norte. Os colonos, para comemorarem a chegada do Natal, a noite mais fria do ano, acendiam fogueiras e sentavam- se ao redor. Mais tarde, não podendo acendê-las dentro de casa, tiveram a idéia de tecer uma coroa de ramos de abeto (uma espécie de pinheiro), enfeitando-a com flores e velas. No inverno rigoroso dos países frios, todas as árvores perdem suas folhas, somente os pinheiros resistem, sendo, dessa forma, um sinal de que a natureza não morreu totalmente. No início do século vinte, os católicos adotaram o costume de colocar a coroa nas suas igrejas e casas. No Brasil, o uso certamente provém dos missionários que vieram da Alemanha, ou de brasileiros que, tendo conhecido o uso da coroa na Europa, a introduziram nas comunidades. Recomendações É preciso manter os elementos essenciais (forma circular, ramagem natural, quatro velas). Sem eles, a coroa perde sua característica, deixando de ser a coroa do Advento. Não utilizar elementos artificiais! Folhagens de papel ou de plástico e pisca-pisca não são símbolos, pois não são verdadeiros. Para Deus, apenas o natural, o belo, o verdadeiro. É preciso ritualizar! Fazer um bonito rito de acendimento, como o proposto abaixo. Sem ritualizar, a coroa se tornará apenas um belo enfeite... (veja o rito que propomos no quadro abaixo) Releitura No Brasil, o Advento acontece em pleno verão. quando a luz do sol e o calor estão em seu ponto máximo de atuação. Bem diferente de onde surgiu a coroa. Muitas folhagens, por aqui, criam cores diferentes justamente por causa da luz do sol. Quando plantadas na sombra, elas permanecem verdes. Usar este tipo de ramagem evocaria bastante nossa vegetação e enraizaria este belo símbolo do Advento! Rito de acendimento da coroa do Advento (Alguém da coroa se aproxima com uma pequena vela acesa - no lugar de fósforos, isqueiros etc. - e acende a vela correspondente. Até aqui o grupo de canto pode entoar um mantra: "Senhor, nós te esperamos!", ou "Teu sol não se apagará", ou outro. Quando já tiver acendido a vela, o canto é interrompido e a pessoa bendiz a Deus dizendo:) Bendito sejas, Deus das promessas, porque iluminas as nossas vidas com a luz de Jesus Cristo, teu Filho. a quem esperamos com toda ternura do coração. Amém. (Todos cantam novamente o refrão.) Obs.: O Bendito seja feito com expressividade. A pessoa que acende a vela e bendiz a Deus o faça erguendo os braços, olhar dirigido para Deus e coração em sintonia com a oração. Decorar o texto é essencial! Jornal Opinião - Pe. Danilo César do Santos Lima |
OVIEDO, sexta-feira, 19 de novembro de 2010 (ZENIT.org) - Apresentamos a meditação escrita por Dom Jesús Sanz Montes, OFM, arcebispo de Oviedo, administrador apostólico de Huesca e Jaca, sobre o Evangelho deste domingo (Lucas 23,35-43), 34º do Tempo Comum.
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Termina o ano cristão e a Igreja celebra o domingo de Cristo Rei. A liturgia nos relata o final da paixão de Jesus, na qual Ele aparece como Rei. Onde está, ó Rei, o teu reinado? Onde estão teus súditos leais? Aonde se foram os incondicionais discípulos? Como ficaram todos os teus projetos bem-aventurados? Como é que esse, que se apresenta como rei-dos-judeus, nasceu de uma mulher, brinca com as crianças, atende os pobres e doentes, trata com todo tipo de pecadores e condena nossas leis inumanas? Assim todos, por temor, desencanto ou indignação... foram abandonando aquele Rei. Bem, nem todos. Lá estava Maria, algumas mulheres e João. E havia mais um, o da última hora: Dimas. Somente Dimas não empregou o condicional de quem duvida ou nega, mas o imperativo de quem tem certeza diante do acontecimento que seus olhos presenciam: "Lembra-te de mim". A resposta de Jesus não se fez esperar: "Hoje estarás comigo no Paraíso".Aquele Rei e o seu Reino não terminaram. Aquele estar com Jesus e participar do seu reinado é o que os cristãos vêm celebrando e prolongando durante séculos. E é o que, neste último domingo do ano litúrgico, queremos especialmente recordar: que Ele é o Rei de toda a criação, o Rei de uma nova história, o Rei de uma nova humanidade.
O reinado de Jesus não é uma proclamação fugaz e oportunista, não é um discurso fácil e barato. É, nem mais nem menos, um devolver à humanidade a possibilidade de voltar a ser humana segundo o plano de Deus: a possibilidade de reempreender aquele caminho perdido que Deus oferecera outrora, e que uma liberdade não vivida na luz, na verdade e no amor, mandou para o espaço. O reinado de Jesus é esse espaço de nova história na qual é possível viver como filhos de Deus, como irmãos diante dos homens e diante de toda a criação.
Este reinado já começou e muitos homens e mulheres viveram assim. Mas também quantos ainda não vivem assim, nem diante do Pai Deus, nem diante do irmão homem, nem diante da irmã criação! Por isso, é um Reino de Jesus que está apenas começando, que se encontra sem terminar, sem sua plenitude final. Só existe um trono e este pertence a Deus: e nesse trono se oferece liberdade. Toda suplantação desse Rei suporá um caminho de escravidão, de inumanidade, de corrupção, como demonstra a história de sempre e a mais recente. Por Jesus Cristo Rei e por esse Reino é preciso continuar trabalhando, construindo-o cotidianamente com cada gesto, em cada situação e circunstância, para ir desterrando e transformando o que em nós e entre nós não corresponda ao projeto do Senhor.
Como disseram nossos mártires: Viva Cristo Rei!















Depois de termos vivido um ano pastoral (2009-2010) dedicado à leitura, meditação e estudo do Livro da Vida de Santa Teresa de Jesus, no presente ano (2010-2011) são muitas as comunidades que já começaram a ler o Caminho de Perfeição, como faz parte da proposta da Comissão de Preparação das Celebrações do V Centenário do Nascimento da Santa de Ávila.


